quinta-feira, outubro 11, 2007

UM SAFARI FOTOGRÁFICO EM TRÊS PAÍSES

África é:

O continente mais belo do mundo, onde existem 54 países e se falam mais de 2000 línguas e dialectos. É uma fornalha de problemas, mas ao mesmo tempo é também um conjunto de tradições, costumes tão complexos e difíceis de compreender, que até hoje nenhum dos colonizadores que por lá passaram pôde compreender a fundo a idiossincrasia de cada povo e de cada tribo.

Para compreender o que é África sob o ponto de vista tribal, ou melhor, etnológico e tradicional não bastaria uma vida para estudar uma a uma, cada aldeia, cada tribo, cada nação.

Cada tribo, cada região, cada povo e cada país, é um mundo; costumes, tradições, hábitos e tabus, fazem parte de culturas que muito poucos colonizadores tentaram entender e, se entenderam, em vez de estudá-los a fundo e de tentar promover esses costumes, o que fizeram foi borrá-los da vida das colónias que administravam, impondo aos nativos a sua “civilização”, que muitos anos depois, se tornou na coisa mais odiada pelos mesmos, ao adquirirem a sua independência.

Com esta prática perdeu-se, em muitos lugares, com grande parte do território de Moçambique, Zimbabwé, Malawi etc., as tradições que os nativos tinham, antes da colonização desses países.

Sabemos a ciência certa, que todos os povos do mundo descendem de uma pequena tribo de bosquimanos, que teve os seus princípios em algum lugar do que é hoje o magnífico Deserto Kalahari.

Sim amiga/o e não foi há muito tempo, na relação do tempo da existência do homem sobre a terra. Foi há cerca de 80 milhões de anos somente.

Bem, mas para falar da África que a todos fascina, não há que aprofundar tanto, o único que temos que fazer, é tratar de poupar um pouco, dependendo da situação económica da pessoa, há muitos que com um golpe de cartão de American Express, de Visa, de Master Card ou de Discovery etc. etc., podem fazer muitas e muitas viagens, que alguns de nós podemos fazer somente com muitos sacrifícios.

Estávamos então em que há que poupar para poder assim desfrutar da viagem com que sonhamos muitas vezes.

Então com o dinheirinho já no banco ou na caixa de poupança há que prepararmo-nos para a nossa VIAGEM DE SONHO.

Se nunca estiveste em África, deixa-me que te aconselhe um pouco sobre o que talvez te goste mais. Com uma quantidade de mais ou menos $ 5.000 dólares (ou Euros) podes fazer uma viagem muito interessante (isto não inclui os bilhetes de avião).

Há viagens de muito menos preço, mas são como aquelas viagens a Europa – visite 16 países em 15 dias: “Esta é a torre Eiffel, em frente está o Louvre”, pelo que passaste a correr levado por um guia, que nem pensa que Leonardo Da Vinci estará dando voltas na tumba ao saber que somente te deram um minuto para “ver” a Mona Lisa, na qual teve que trabalhar tantas horas para conseguir a sua obra perfeita.

No dia seguinte, aqui é o Coliseu Romano, e passas voando por em frente ao um monumento que é para os cristãos quase sagrado; e assim sucessivamente.

Para que isto não te aconteça em África, vai com calma e escolhe um Operador de Viagens que saiba o que te está a vender.

Para quem nunca foi, pode começar com um safari fotográfico a Kenya, depois uma viagem até Tanzânia para ver uma grande parte do Rift Valley. Passar um par de noites no “Tree Tops” e depois apanhar um avião até às Seychelles onde poderás passar uns dias de féria de sonho. Um paraíso no meio do Oceano Indico. Será o teu baptismo de uma África preparada para o turista primeiriço.

O que vais ver, vai-te fazer adorar África, especialmente quando estiveres no Massai Mara, num acampamento, que é o mesmo que se usou, desde os anos 30.

As tendas de campanha, as Manyara – são as mesmas que usavam os caçadores brancos ou “white hunters” para alojar os seus famosos clientes, que guiaram durante tantos anos no tempo da África Dourada.

Lembras-te do filme “Out of África” em que a baronesa Karen Blixen se apaixona perdidamente por Dennis o caçador branco? Pois mais ou menos como essas barracas de campanha em que eles viviam o seu tórrido amor.

Ao estares deitado na tua barraca, nâo adormeças imediatamente, tenta escutar os ruídos da selva: escuta o pipilar das aves frias que são umas aves nocturnas que fazem uns ruídos que parecem campainhas; mais ao longe ouvirás o ruído feito pelas hienas, que geralmente são as primeiras que anunciam a sua presença quando saem a caçar.

Depois o imponente rugido do leão, o senhor daquelas planícies. E assim adormecerás, embalado por mil ruídos que te farão descansar, especialmente se tem a sorte de ouvir ao longe os “batuques” ou tan-tans de alguma tribo local.

É costume nestes acampamentos, que um criado te desperte com um café ou com um chá, conforme o teu gosto.

Abre o zip da tua tenda e entra a depositar uma fumegante beveragem na tua mesinha de cabeceira para te dar um “Jambo Bwana”, ou um “Good morning bwana”.

Levanta-te com calma e prepara-te para ver um nascer do sol, que poucas vezes tens ocasião de ver, no lugar onde vives. Primeiro, porque não estás tão perto do Equador, segundo os muitos que fazeres e obrigações, quase não te deixam apreciar a beleza que Deus pôs diante de ti.

Vais ver uma explosão de vida.

Os pássaros a chilrear, são aos milhares, depois verás como o astro rei se vá levantando, grande, grande, grande, para dar vida a esta terra. É um bom momento para agradeceres a Deus, ter-te deixado chegar aqui para poderes ver a beleza da Sua criação, ou seja, a beleza destas terras.

Há muita gente que nas cidades que vivem, não têm tempo de agradecer-Lhe a vida que lhes deu, mas aqui te sentirás mais perto Dele e poderás fazê-lo. Anda eleva essa prece e verás que te vais a sentir fantasticamente bem.

Depois de um “matabicho” ou um “English breakfast”, que se compõe de ovos, a famosa “porridge” ou flocos de aveia, um pouco de rins guisados ou um “steak kidney pie”, sim a essa hora come-se muito, para aguentar o dia que te espera adiante, sairás em jeep, ou numa combi a desfrutar dos animais que aí há por milhares.

Prepara a tua câmara digital, leva suficientes “memory sticks” e muitas pilhas, porque onde vais andar não é fácil encontrá-las e, quando as encontras são caríssimas.

Vai e fotografa tudo o que possas, os elefantes, as girafas, os crocodilos, todas as gazelas, as Thompsom, as Peter gazelles, os topis, os javalis ou facocheros, as belíssimas zebras, os elands, os ferozes búfalos, os milhares de gnus, as elegantes cheetas ou leopardos, e um sem número de aves, desde os ground horned bills, as cegonhas de bico amarelo, (que são as mesmas que imigram para Europa e fazem os ninhos nas chaminés), os marabus; vais deslumbrar-te com os milhares de pássaros tecedores que fazem os seus ninhos em árvores e canaviais, em colónias que parecem de longe um montão de palha que alguém pôs nas ramas de uma árvore.

Não te esqueças de levar uns binóculos, para poderes ver ao longe e assim descobrir coisas que à simples vista não poderias apreciar tão bem.

Passarás o dia a ver coisas novas para ti, e ainda que não te dês conta, África está a meter-se no teu sangue cada dia mais e mais.

Depois de um dia de veres tanta coisa diferente, agradecerás a chegada ao acampamento, onde um banho quente te está esperando, e depois um aperitivo bem frio: uma cerveja, um whisky com muito gelo, “entrará” divinamente acompanhado por umas ostras fumadas com um bocadinho de pão ou um cracker, antes de um bom jantar quente.

Verás que bem te sentirás, sentado ao fogo, a ouvir as anedotas que o teu guia te vai contando durante todas as noites do teu safari. Ele te contará histórias de personagens que por ali passaram, talvez até tenhas sorte de saberes de alguma coisa muito “secreta” da vida e dos romances de alguma princesa, ou de algum político famoso. Mas isso sim é segredo.

Os dias que seguirão, nesta tua primeira viagem ao continente africano, serão sempre dias diferentes, sais de manhã cedo e regressas já à tarde cansada/o, mas contente, porque já verás, não há um único dia que seja igual. Cada dia te encontra com animais novos, com situações diferentes e com novas fotografias para a tua colecção. Um dia verás uma cheeta a caçar uma gazela, alcançando velocidades até aos 80 quilómetros e, às vezes mais. Verás os leões a caçar ou já a comer alguma presa que mataram durante a noite.

Verás as hienas tentando roubar alguma presa às leoas que a estão guardando, enfim verás tantos e tantos lances novos da vida selvagem, que te encherão o cérebro de quadros e paisagens que nunca esquecerás por muitos anos que vivas.

Se tens sorte, e estás no tempo das grandes imigrações de animais, (sempre são em Primavera) aquela cena que vês nos canais de televisão dos crocodilos a matarem os gnus e as zebras em algum lugar onde os animais têm que atravessar um rio, essa cena ao vivo é bestial, é impressionante, é selvagem, mas é a lei da vida: uns servem de comida, para que outros possam sobreviver. Ficarás impressionada/o.

Um dia o guia levantará o acampamento e dirigir-se-ão à fronteira da Tanzânia, para continuares a tua viagem pelo Massai Mara.

Vais cada dia aproximando-te da maior Montanha de África, o Kilimanjaro. Vais ver uma montanha com as suas neves perenes, com os seus glaciares, com as suas ravinas. Usa uns binóculos potentes e deleita-te com a montanha mais alta do continente negro.

Há excursões à cima do Kilimanjaro, mas se não és alpinista e estás em forma para subir, eu não te aconselho que vás na tua primeira viagem a África.

É uma excursão pesada em quase todo o seu percurso e pernoitarás em acampamentos que estão feitos de materiais para poder suportar o frio da montanha. É uma excursão diferente, boa para os que gostam das alturas.

Aí encontrarás, depois dos 2 mil metros, uma vegetação diferente, verás alguns colibris que se adaptaram à altitude que são dos mais bonitos que há em África. Verás também os glaciares que se vão pouco a pouco derretendo e formando pequenos riachos de água cristalina. Se és amante das alturas vais sentir-te bem e contente por poderes ter feito esta excursão, principalmente por poderes ver e fotografar, África de um novo plano e ponto de vista.

Mas se não queres subir a montanha, isso sim, podes fotografá-la desde a savana do Massai Mara, e até enquadrar nas tuas fotos de elefantes na base do Kilimanjaro.

Se és amante das pinturas africanas feitas por artistas famosos, verás que as tuas fotos se aproximam muito as pinturas do famoso David Shephard, que levou uma vida pintando os animais do Massai Mara, tentando em muitas delas ter como fundo a montanha.

Talvez o teu guia te leve a visitar alguma aldeia da tribo Massai, e verás aquela raça de gentes que em tempos foram os donos da savana. Agora têm que adaptar-se um pouco aos costumes da “civilização”, que lhes está a invadir os domínios que outrora foram somente seus. Verás uma raça em que os homens para passar da puberdade e poder ser chamados homens, tinham que fazer parte de um grupo, que dava caça a um leão somente armados com umas lanças e um escudo, que é um ritual ancestral nessa tribo.

Hoje estão um pouco estragados pela tal “civilização” pois pedem-te dinheiro por cada foto que lhes tiras. Mas é sempre bom ter algumas fotos que são típicas dessas terras.

Não te esqueças de tirar muitas, para que quando chegues à tua casa, não tenhas que dizer: caramba faltou-me tirar esta fotografia.

Certamente quando viajas levarás contigo um computador portátil, assim poderás carregar e guardar as tuas fotos no disco duro, e terás muito espaço livre nos teus “memory sticks” e até poderás escrever um pequeno diário e por directamente à margem de cada fotografia uma legenda para que não te esqueças dos nomes que o guia te vai dizendo.

Se não estás ainda neste “roll” da computação, aprende um pouco porque verás o útil que te será nestas andanças de fotografar. Podes compor, arranjar e fazer mil coisas com este brinquedo tão útil. Senão, continua a usar a máquina como o tens vindo fazendo até agora e somente desfruta, goza do que te está acontecendo nesta viagem.

Durante vários dias, já viste a África dos animais, a África que serviu de inspiração a Robert Ruark, com o seu livro “Huhuru”, a Ernest Hemmingway com “Neves do Kilimanjaro” e tantos mais. A África que nos anos cinquenta inspirou a directores de Hollywood a fazer filmes como “Mogambo”, “Dactari” e os mais modernos, “Out of Africa” e “White Hunter”.

Pois agora é hora de regressar a Nairobi a capital do Kénia e gozar um dia de “Shopping”, um quarto de hotel com uma grande banheira para poderes meter-te nela e desfrutar de um banho quente, que é bom para abrir os poros e sacar a poeira que se lhes vão metendo nestas viagens através do mato.

Esta noite, se és mulher, talvez queiras vestir aquele vestido que puseste na mala, para ir a algum dos muitos restaurantes que há em Nairobi. Que tal um restaurante indú, com aquela comida picante, com sabor exótico?

Ou ir beber um whisky ao bar do Stanley Hotel? Sabes que está igual, e o mantêm como se o tivessem acabado de construir.

Não se modificou nada, e essa, é e beleza romântica do lugar. Podes ir tomar um café ou um chá à explanada do “The Thorn Tree Café”, onde há uma acácia, (daí vem o nome do café), em que os donos do hotel prepararam com envelopes e folhas de papel para poderes deixar uma mensagem a alguém amigo que penses poderá passar por aí algum dia. Talvez a encontre. Busca também o teu nome, porque alguém pode ter deixado para ti uma cartita. Seria fabuloso não?

É por estas pequenas coisas que temos que agradecer ao Criador, chame-se como queiram: Deus, Jeová, Alah ou outro qualquer nome que lhe queiram dar, o deixar-nos gozar as maravilhas desta vida.

Há um club privado, que se consegues um convite para poderes ir jantar uma noite, não as percas. É o Safari Club, que é bastante exclusivo, e que tem sempre os melhores chefes de Nairobi. Aí talvez possas encontrar alguns dos velhos guias de caça, que se tens sorte, poderás ouvir algumas das “aventuras” de gente famosa que passou por esse país. Estes guias ainda continuam a ir beber um whisky antes de jantar a esse belo lugar.

Desfruta destes dias.

Vê a vida diferente das pessoas que vivem em Nairobi. Fotografa o que possas, porque é uma cidade fascinante sob o ponto de vista étnico.

Aqui para nós tenho que avisar-te de uma coisa tu que és homem, (e às mulheres também), tem cuidado, há pretinhas fascinantes e há umas belezas que são descendentes de Somalies, que são dignas de caminhar por uma “passarela” de moda, como Iman, a grande modelo, que veio dessa região, de Somalia, mas tem muito cuidado, não te esqueças que em muitos lugares de África há 30 a 40% de pessoas infectadas com o vírus VIH. Somente cuida-te.

Bem agora a preparar-se para uma viagem de avião até às ilhas, para poder gozar uns dias de praia.

Do aeroporto de Nairobi, vamos despegar em direcção à cidade de Victoria que , que é a capital das República das Seychelles e que está situada na ilha de Mahe, que é a maior ilha do arquipélago, que formam a República com as suas 59 milhas quadradas de superfície.

O voo é de aproximadamente 2 horas e meia, pois estas ilhas estão no meio do Oceano Índico a mais de mil milhas da costa de África.

Nesta ilha encontrarás uma quantidade de hotéis, cada qual o mais bonito, e há para todos os preços e gostos. Também há 4 casinos. As Seychelles vivem do turismo e da pesca, têm no arquipélago vários portos comerciais e de pesca. É um dos lugares do mundo onde se pesca mais, atum de barbatana amarela. Há cardumes imensos.

Ao chegar, já te estará esperando o chofer, que te levará ao hotel, onde te instalarás num lugar que é um verdadeiro paraíso.

As praias das ilhas, estão formadas por uma areia branca e fina, com vegetação luxuriosa, plantações de palmeiras de cocós, e a canela, cresce nos picos cobertos de florestas, com paisagens e vistas inigualáveis das outras ilhas do arquipélago.

Estas ilhas estão rodeadas por barreiras de coral com as suas águas límpidas que te convidam a relaxar-te e a praticar uma infinidade de desportos aquáticos. O “snorkling” é fantástico. Podes ver espécies de peixes policromáticos, que são o deleite dos olhos do mergulhador.

Se queres pescar no alto mar, podes alugar um barco e tentar pescar as muitas espécies que existem no Indico. Barracudas, peixe vela, atuns,(que é a principal pesca do país), marlin azul e muitas mais que são consideradas “ Big Game Fishing”.

Sabias que a economia destas ilhas está baseada na beleza da Natureza que Deus lhe deu?

Por isso amiga/o, põe-te um fato de banho e trata de gozar toda esta beleza, porque há muitos poucos lugares no mundo tão tranquilos como este, em que nâo existem problemas e, em que possas desfrutar de umas férias assim.

Muitos dos turistas que vêm aqui, decidem ficar para sempre, e muitos instalam-se na famosa Baia de Beau Vallon,... Mas há muitas mais coisas para ver e explorar. A Ilha tem duas estradas somente e o transporte público é bastante bom. Também podes alugar um carro, mas tem em conta que nas ilhas se anda pela esquerda como o fazem os ingleses, e por há que ter cuidado.

Aconselho-te a que não deixes de visitar a ilha de Digue, em que não há carros, somente carros de bois. É uma ilha paradisíaca para esquecer-se dos bulícios das cidades. É um lugar formidável para uma lua-de-mel, e até para umas reconciliações se o teu matrimónio anda “tremoroso”; sais daí tão apaixonada como estavas antes dos teus problemas. E para ti homem também, é a mesma receita.

Aí naquele paraíso tropical, não há zangas, não há rancores e é um bom lugar para falarem dos problemas que têm na sua vida.

Agora um pouco de história:

Dizem que estas ilhas foram conhecidas pelos árabes, mas o que sabemos de certeza é que foi o Navegador português Vasco da Gama, que as explorou em mil quinhentos e dois. (Os portugueses fomos uns fora de série não é? Não há canto onde não estivemos.)

Em mil setecentos sessenta e oito, os franceses disputaram aos ingleses a possessão do arquipélago e começaram a enviar a estas ilhas para colonizá-las colonos, escravos e trabalhadores índios procedentes das Ilhas Maurício. Os enfrentamentos armados entre França e a Grã-Bretanha, acabaram em mil setecentos noventa e quatro, com a ocupação das tropas inglesas, situação que terminou definitivamente com a assinatura do tratado de Paris em mil, oitocentos e catorze. Desde então estas ilhas passaram a ser administradas como parte das ilhas Maurício até mil novecentos e três.

Em mil novecentos e setenta y seis as ilhas fizeram-se independentes e o primeiro presidente que teve foi James Mancham.

Com toda esta mistura de raças, de índios, escravos, britânicos e franceses, a raça dos habitantes das ilhas foi modificando-se para que hoje seja uma raça de gente bonita, uma raça em que as mulheres são preciosas, como todas, e muitos dos turistas que visitaram estas ilhas, apaixonaram-se perdidamente por muitas destas raparigas, que mais parecem sereias morenas, que parecem deusas que saíram do Oceano Indico para enfeitiçar aos que visitam estas paragens.

Eu como homem, adorava que uma das tais “sereias do Índico” me desse uma massagem depois de um dia de praia e de pesca. Era um prazer de deuses.

Ver aquelas sereias morenas, vestidas somente com uma espécie de “pareo” percorrer com as mãos esguias e belas cada recanto do teu corpo, estirando cada músculo, cada nervo, ainda hoje o tenho na mente, e isso é uma das coisas que me faz pensar em regressar. É simplesmente o paraíso. Não é somente para os homens, não, para as mulheres também.

Estou certo que sentirão o mesmo que eu, quando as raparigas me davam massagem, quando as mãos daqueles jovens apolos lhes passam por os músculos e as relaxam depois de um dia de nadar e de banhos de sol.

Simplesmente maravilhoso.

E a comida? É fantástica. Uma mistura de sabores entre indús, africanos e franceses, somente pode sair uma perfeição de culinária.

Verás, como o teu gosto se refina. Saberás apreciar, as lagostas, os camarões, os filetes de mero, com todos os molhos conhecidos e desconhecidos. Mmmm uma delícia. Aconselho-te a que visites alguma ilha mais. Podes ir em helicóptero ou em avião.

Se tens tempo, faz como eu fiz há muitos anos, aluguei um “dow” ou barco monzónico árabe e dei a volta por o arquipélago durante vários dias, mas para isso há que ter tempo. Sabes levei a minha própria comida e dormia no barco, não sabes que sensação de liberdade sentes.

Deitado num catre olhando para as estrelas, ouvia cantar os negros que conduziam o barco; parávamos em lugares maravilhosos durante a noite, somente iluminados por uma pequena lanterna de petróleo, que faziam esses momentos inesquecíveis.

Um dia choveu-nos, e não sabes o prazer de andar nu naquela chuva tropical.

Um “dow monzónico” é lento, romântico e faz-te viajar, muitos anos atrás, quando a vida era mais lenta, e creio eu, quando éramos mais felizes., não o digo pela idade, mas sim, porque naqueles tempos não havia tantos problemas no mundo.

Viajando naquele barco parece que o mundo não te importa, que não há problemas na terra, nem políticos, nem económicos, nem nada.

Mas um dia, tens que voltar à tua terra, a continuar com a tua vida e quando sais parece

Que uma luz se apaga numa parte da tua vida; mas não te preocupes, logo volta a acender-se e ficam as recordações de uma bela viagem porque

África é: SIMPLESMENTE MARAVILHOSA.

Victor Cabral “Hunter”

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