Contei já o que foi a organizaçâo do nosso Grupo Moçambicano Safaris Ltda. As dificuldades que tivemos em organizar-nos, a logística empregada para que os safaris se podessem coordinar e, e tudo encaixar como num rompe cabeças.
Naquele tempo tínhamos como agentes nos Estados Unidos, os melhores. O primeiro o velho Roman Hupalowski, que com o seu escritorio em Chicago, num edifício da Michigan Avenue, mesmo em frente ao Lago Michigan. Este senhor mandou-nos muitos clientes durante a minha vida de caçador guia. Eu visitava-o cada ano e passava um par de semanas com ele na Cidade dos Ventos.
Tínhamos em Houston um outro agente, que a mim nâo me gostava tanto, mas tinha que respeitar, pois me tinha sido apresentado pelo Adelino Serras Pires. Com ele trabalhava uma senhora judia, Connie Burke, a quem devo muitos favores, tambem a esposa de um astronauta, Dottie Duke (o marido era o que andou com o carrinho na Lua) (que tambem me fez muitos favores), e por isso aguentava algumas "porcarias" que ele me fez durante o tempo que foi nosso agente. Ele trabalhava mais para a Safari South da Botswana e algum cliente que tínhamos contactado em convençôes ele tentou desviá-lo para a Safari South. O Xicuembo já o levou, por isso já tinha sido “esquecido” até hoje.
Depois tínhamos outro agente, arranjado tambem pelo Adelino Serras Pires, que era os irmâos Klinburger de Seatle. Esses nâo nos mandavam muitos clientes, mas no final o que podiam mandar, faziam numero. A maioria dos clientes que tínhamos eram espanhois, que já tinham caçado conosco em Moçambique, e que eram mais de 50% da nossa clientela. Eu naquele tempo vivia a maior parte das férias em Espanha.
Podia estar aqui a contar mil diferentes “lances” de caça, pois de tantos clientes, porque nunca há um dia igual na vida dos safaris mostra-lhes animais abatidos, lo que farei mais tarde, mas neste momento estou mais interessado em contar-lhes sobre a gente que nos rodeva nos safaris.Logo que nos começamos a instalar e a construir os acampamento, começaram a chegar até nós, uns homens pequenos e de cor canela, com os olhos rasgados como os asiáticos, que nâo eram mais que os CAMECHEQUERES, mais conhecidos no mundo africano pelos BUSHMEN do Kalahari. Estes eram os melhores conhecedores daquelas áreas. Eram capazes de encontrar uma pégada de leâo, e correr sobre ela uma manhâ inteira, até dar com o leâo, seguindo-os nós com o jeep.
Quando os vi juntos, começei a ver qual deles falava português e encontrei que o que parecia ser o chefe, o MUCUNGO, era pisteiro e ofereceu-se logo para trabalhar com nosco. Tambem um primo dele, quiz fazer parte do meu pessoal de caça. Imaginem-se com o FOMBE, com o MUCUNGO e com o seu primo, as caçadas estavam garantidas, pois nos primeiros dias que estávamos a construir o acampamento do Dirico, estes três, diziam que necessitavam carne para o pessoal do acampamento e levaram-me a matar um elefante do qual tinham visto uma pégada pero do rio, e nâo tardamos um quarto de hora a estar junto a esse elefante.
Eu começei a ver a forma como se movia o MUCUNGO e vi que era um caçador nato. Escolhia o vento, dava voltas e pôs-me a menos de 20 metros daquele elefante para que eu só tivesse que apertar o gatilho e tombá-lo com um tiro de 416.
Estes homens eram fantásticos. Liam na Natureza da mesma forma ou melhor que nós líamos alguma informaçâo sobre qualquer tema. Eu a partir daquele momento fui um dos admiradores desta raça, que verdadeiramente se chama o POVO SAN. Estudei-os, viajei com eles para ver o que comiam, aprendi como pensavam. Eles consideravam-se diferentes aos negros bantus. Chamar-lhes pretos era um insulto. Eles sempre disseram que nâo eram pretos. Eles sâo o Povo San.
Mucungo, um dia que íamos sobre o jeep por uma picada viu umas pegadas humanas e mandou parar o carro. Baixou-se, olhou e disse: estas pegadas sâo de um primo meu que é feiticeiro, que vai para um lugar que se chama Chimbaranda a buscar a familia que está lá.Eu perguntei-lhe que como sabia ele isso?. A resposta veio pronta. Vocês os brancos escrevem cartas para deixar recados, pois nós os Camechequeres, lemos o que o meu primo deixou para eu saber. E assunto arrumado.
Tinha uma equipe fantástica de caça.
Victor “Hunter”
Naquele tempo tínhamos como agentes nos Estados Unidos, os melhores. O primeiro o velho Roman Hupalowski, que com o seu escritorio em Chicago, num edifício da Michigan Avenue, mesmo em frente ao Lago Michigan. Este senhor mandou-nos muitos clientes durante a minha vida de caçador guia. Eu visitava-o cada ano e passava um par de semanas com ele na Cidade dos Ventos.
Tínhamos em Houston um outro agente, que a mim nâo me gostava tanto, mas tinha que respeitar, pois me tinha sido apresentado pelo Adelino Serras Pires. Com ele trabalhava uma senhora judia, Connie Burke, a quem devo muitos favores, tambem a esposa de um astronauta, Dottie Duke (o marido era o que andou com o carrinho na Lua) (que tambem me fez muitos favores), e por isso aguentava algumas "porcarias" que ele me fez durante o tempo que foi nosso agente. Ele trabalhava mais para a Safari South da Botswana e algum cliente que tínhamos contactado em convençôes ele tentou desviá-lo para a Safari South. O Xicuembo já o levou, por isso já tinha sido “esquecido” até hoje.
Depois tínhamos outro agente, arranjado tambem pelo Adelino Serras Pires, que era os irmâos Klinburger de Seatle. Esses nâo nos mandavam muitos clientes, mas no final o que podiam mandar, faziam numero. A maioria dos clientes que tínhamos eram espanhois, que já tinham caçado conosco em Moçambique, e que eram mais de 50% da nossa clientela. Eu naquele tempo vivia a maior parte das férias em Espanha.
Podia estar aqui a contar mil diferentes “lances” de caça, pois de tantos clientes, porque nunca há um dia igual na vida dos safaris mostra-lhes animais abatidos, lo que farei mais tarde, mas neste momento estou mais interessado em contar-lhes sobre a gente que nos rodeva nos safaris.Logo que nos começamos a instalar e a construir os acampamento, começaram a chegar até nós, uns homens pequenos e de cor canela, com os olhos rasgados como os asiáticos, que nâo eram mais que os CAMECHEQUERES, mais conhecidos no mundo africano pelos BUSHMEN do Kalahari. Estes eram os melhores conhecedores daquelas áreas. Eram capazes de encontrar uma pégada de leâo, e correr sobre ela uma manhâ inteira, até dar com o leâo, seguindo-os nós com o jeep.
Quando os vi juntos, começei a ver qual deles falava português e encontrei que o que parecia ser o chefe, o MUCUNGO, era pisteiro e ofereceu-se logo para trabalhar com nosco. Tambem um primo dele, quiz fazer parte do meu pessoal de caça. Imaginem-se com o FOMBE, com o MUCUNGO e com o seu primo, as caçadas estavam garantidas, pois nos primeiros dias que estávamos a construir o acampamento do Dirico, estes três, diziam que necessitavam carne para o pessoal do acampamento e levaram-me a matar um elefante do qual tinham visto uma pégada pero do rio, e nâo tardamos um quarto de hora a estar junto a esse elefante.
Eu começei a ver a forma como se movia o MUCUNGO e vi que era um caçador nato. Escolhia o vento, dava voltas e pôs-me a menos de 20 metros daquele elefante para que eu só tivesse que apertar o gatilho e tombá-lo com um tiro de 416.
Estes homens eram fantásticos. Liam na Natureza da mesma forma ou melhor que nós líamos alguma informaçâo sobre qualquer tema. Eu a partir daquele momento fui um dos admiradores desta raça, que verdadeiramente se chama o POVO SAN. Estudei-os, viajei com eles para ver o que comiam, aprendi como pensavam. Eles consideravam-se diferentes aos negros bantus. Chamar-lhes pretos era um insulto. Eles sempre disseram que nâo eram pretos. Eles sâo o Povo San.
Mucungo, um dia que íamos sobre o jeep por uma picada viu umas pegadas humanas e mandou parar o carro. Baixou-se, olhou e disse: estas pegadas sâo de um primo meu que é feiticeiro, que vai para um lugar que se chama Chimbaranda a buscar a familia que está lá.Eu perguntei-lhe que como sabia ele isso?. A resposta veio pronta. Vocês os brancos escrevem cartas para deixar recados, pois nós os Camechequeres, lemos o que o meu primo deixou para eu saber. E assunto arrumado.
Tinha uma equipe fantástica de caça.
Victor “Hunter”
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