sábado, outubro 06, 2007

Pescando em águas africanas

Escrevi várias histórias de caça, de caçadores, de safaris fotográficos; o que nunca tinha contado eram histórias de pesca, e de pescadores.

Dizia o meu avô, que três caçadores e três pescadores faziam meia dúzia de mentirosos e, para não perder a tradição, vamos lá com umas histórias de pesca.

Para alguns como eu é um desporto fabuloso, o qual pratiquei desde muito miúdo. Ia com o meu pai a pescar nas águas da baía do Lobito, fui pescar muitas vezes, numas praias desertas de Benguela.

Também acompanhei o meu avô a pescar barbos, carpas e bogas no Rio Mondego, quase na base da Serra da Estrela, antes de começar a subir para Seia, pesquei no Rio Dão, entre Mangualde e Viseu, e também abaixo das termas de Alcafache, onde ia todos os anos com a minha avó e, no Atlântico quando passávamos algumas férias na Figueira da Foz.

Havia um senhor amigo da minha família, que era dono de umas traineiras, que tinha base em Buarcos e, uma vez convidaram-me a pescar toda uma noite no Atlântico. Isto tudo quando era um miúdo, até aos meus 15 anos. Eu fascinado com a minha aventura marinheira; já podia contar aos colegas do Colégio, aquela viagem de pesca, que me enchia de orgulho, que poucos podiam fazer.

Depois comecei a estender o meu gosto pela pesca para outras águas.

As águas de África

Quando era miúdo uns 10 aninhos, ia para a ponte que dividia a cidade do Lobito com o Bairro da Caponte, e aí numa loja que estava no cruzamento da estrada da Caponte com a que ia para a Sanzala, estou a falar dos anos 1952/3, comprava uma “quinhenta” de fio e uma “quinhenta”, (cinquenta centavos de angolar), de anzóis. Levava comigo o meu “secretário” que era um miúdo negro, filho da nossa lavadeira Josefina, que me acompanhava em todas as minhas “aventuras”. Ele era o encarregado de baixar ao lodo do mangal e desenterrar umas amêijoas que se chamavam “cucula”, que nos servia de isca para por nos anzóis. Muitas garoupas pequenas e outros peixes da pedra, pesquei aí debaixo dessa ponte. Esperava que subisse a maré e então sim era pescar à grande. A tarde de pesca terminava quando se acabavam todos os anzóis, (3) que ficavam presos nas pedras. Chegava eu ufano a casa, e dizia à minha mãe que queria comer do meu peixe.

Em Angola, já depois de homem, pesquei em muitos lugares dessa ex-colónia portuguesa. Nas águas de Moçâmedes. Na foz do Cunene, em Porto Alexandre; pesquei no Rio Cuito, grande afluente do Cubango ou Okavango, onde há uma grande quantidade de peixe Tigre, mesmo em frente a um acampamento de safaris que tínhamos num lugar chamado Chipuizi. Também fiz uma viagem a um paraíso para os pescadores, que é a foz do Rio Longa, que fica situado a duas horas e meia em carro de Luanda a capital.

É um sítio privilegiado, pois à parte de ser um lugar maravilhoso, o rio limita a fronteira Sul do Parque da Quissama, onde antigamente havia numerosos animais, que com a guerra civil foram exterminados.

Graças a W.C.F. hoje já há 22 elefantes que foram doados pelo Botswana e transportados pela organização World Conservation Found em avião. Dizem que das centenas de leões que antes havia, agora conseguiram contar somente cinco.

Um pequeno parágrafo se me permitem, pois às vezes ponho-me furioso com as “coisas de África”. O World Conservation Found, não levou mais elefantes para a Quissama, porque segundo o que li, os fundos assegurados pela organização a essa reserva, se tinham terminado, porque os aviões de carga para transportar os elefantes são extremamente caros e, como todos sabemos, esta organização vive de doações filantrópicas.

Sabiam que o Senhor Presidente de Angola, no casamento da filha, segundo dizem os jornais, gastou mais de 3 milhões de dólares na pequena festa que deu, não contando com as compras feitas em Paris etc. etc. e pela “menina” e pela mãe da “menina”.

Ai Quissama, que bem te vinham esses milhões de dólares para ajudar-te a recuperar o que os compinchas do Sr. Presidente exterminaram.

É como tudo, antes bebiam “quissangua” (bebida fermentada como o pombe de Moçambique), hoje não podem passar sem um Chivas Regal de 12 anos. Ah! Como muda tudo. Lembro-me que o meu avô Cabral dizia que isso, era a desgraça de ter novos-ricos a guiarem o destino de uma nação.

Mas estamos a falar de pesca e, que bom, porque os peixes não se podem matar com as Kalaishnikovs que usaram os malditos furtivos e pseudo-militares (antes terroristas), para exterminar a fauna africana.

Na foz do Rio Longa, mesmo em frente ao lugar onde desagua, existe uma ilha, onde há um acampamento ou Lodge, para que uma pessoa possa ir aí pescar confortavelmente.

Essa ilha, rodeada pela água fresca do rio, está literalmente a poucos metros do Oceano Atlântico, estando protegida por uma barreira de areia que forma uma parede entre o rio e o mar.

Esta rara união entre água doce e água salgada, criou um ecossistema que é único, que reboça com uma grande variedade de vida natural. Águias pescadoras e gaivotas, embondeiros e mangais, crocodilos e tubarões, todos coexistem numa harmonia natural, na sua diferença e variedade.

Trinta anos de ausência humana neste lugar, devido a guerras e medo de andar por essas paragens, desenvolveu uma enorme quantidade de vida marinha, que está sem explorar, esperando unicamente algum aventureiro e pescador desportivo.

A partir do acampamento que tem todas as facilidades, tanto em barcos como em artefactos de pesca, pode-se pescar uma quantidade enorme de espécies, tanto no rio como no mar.

Na pesca do alto, pode-se conseguir marlin, peixe vela, barracuda e dourado.

Neste momento para essa pesca usa-se um barco, “sky-craft “de 26 pés.

Na costa há de todas as espécies, tanto garoupas como pargos e muitas mais espécies. No rio pode-se pescar o famoso “tarpoon” que é um dos peixes de água doce que mais luta dá ao pescador desportivo.

Apanhar uma garoupa de 30 ou 40 quilos é um prazer, que para mim é igual ou maior, que caçar um bom elefante com grandes pontas.

G aroupas como a que se vê na foto, não é o privilégio de um dia, não, há muitas nessa costa à espera de que alguém que goste deste desporto as vá lá sacar das profundidades onde habitam.

Eu na minha vida pesquei algumas, mas somente existem velhas fotografias, que não são realmente boas, mas que servem para ilustrar esta página e mostrar aos que gostam deste género de pesca, a abundância que existe ainda nessas paragens.

Havia dias que com sorte podíamos pescar uma boa dúzia delas.

Também mais ao Sul, no que se chama ainda hoje a praia da Lucira, e do Chapeu Armado, se podem pescar igualmente uma boa quantidade de peixes, pois nesse lugar há uma espécie de parede de rocha, que está numa fossa do Oceano Atlântico, em que os peixes grandes andam a uma pequena profundidade alimentando-se.

Para ir pescar a esses lugares, eu sempre levava comigo o meu acampamento e acampava na praia, que é belíssima. Aí pescávamos, mas preferíamos mergulhar conseguindo assim melhores troféus com o arpão ou com as “havaianas”, reservando a pesca com cana para as tardes quando fazia mais vento.

Há algumas velhas fotografias que quero por nestas páginas de companheiros e amigos que nos acompanhavam nessas aventuras de mergulhar e pescar.

Aquelas praias, ainda hoje são um lugar tranquilo, para poder passar três ou quatro diascom a família, com os filhos para ensiná-los a amar esse desporto e assim mantê-los longe das drogas e vícios tão espalhados hoje pela nossa juventude.

Aparte de pescar, era o convívio que tínhamos e, a amizade que se forjou, até aos dias de hoje.

Durante os anos que passei em África, um dos lugares onde eu gozava enormemente com a pesca era em Moçambique, colónia portuguesa, onde vivi mais de 25 anos.

Para mim, o Oceano Índico, era mais calmo que o Atlântico, mais benevolente, com a temperatura das aguas mais cálidas, mais atractivo, mais romântico. Os entardeceres eram diferentes dos da costa Oeste, porque os do Índico tinham algo do misterioso Oriente o qual era banhado pelas suas águas.

O Atlântico tem o cheiro a iodo das algas de águas frias, o Indico para mim é mais quente, mais saboroso e tinha um cheiro a espécies o qual não tinha o mar do Ocidente.

Sabemos que as costas do Atlântico são mais ricas em peixes comerciais, mas eu preferia as costas orientais porque aí estavam os corais, de todas as cores e feitios, estavam muito mais espécies de peixes policromáticos, e ainda que não se pescasse tanto como na costa oriental, também gozávamos com a pesca se sabíamos como fazê-la e os lugares onde ir. Alguns até os guardavam como o nosso “segredo” e, nunca dizíamos a ninguém onde era o nosso lugar favorito.

Mas continuando com as nossas andanças pelas águas de África.

Pesquei na Beira, no Rio Sengo, no Rio Savane e no Rio Maria. (foto com garoupa ao de 1965). Muitas vezes foram as minhas viagens à Ilha de Santa Carolina, acompanhando algum cliente de safari que também como eu, gostava de pescar.

Pesquei alguns marlins azuis, muitas barracudas, peixes serra, xaréus, garoupas e quase todas as espécies que tinham como habitat o Canal de Moçambique.

Alguma vez resolvia ir passar uns dias às Ilhas do Paraíso, a Santa Carolina, que naquele tempo era dum bom amigo, o Sr. Joaquim Alves, que estava casado com a Sra. D. Ana, e que era a bondade personificada, (lembram-se do molho de piripiri, que se vendia na Beira com a marca dela, D. Ana?). Era um casal agradável e ainda que tivessem muito dinheiro, agradeciam sempre que nós os caçadores-guias levássemos alguns dos nossos clientes a pescar na sua organização, o que a mi me valia um desconto de mais de 50% quando eu ia sozinho pescar por minha conta.

Contava sempre com um skyboat para poder ir pescar ao canal de Moçambique, morada dos grandes marlines, dos peixes vela, dos grandes tubarões e muitas barracudas e bonitos.

Ás vezes ia sozinho, mas a maioria das vezes ia acompanhado com a pessoa “de turno” que vivia comigo naquele tempo. Ou seja alguma das namoradas e esposas que tive.

Não digo para ufanar-me de ter tido algumas esposas, mas o destino, nisso não foi muito benevolente comigo que se diga.

Pois bem chegávamos à ilha e sempre que podia me davam o mesmo bungallow, porque a mim não me gostava muito o hotel, pois naqueles dias já a sua arquitectura era terrivelmente feia. Preferia as Casitas da praia onde tinha mais liberdade e estava mais a meu gosto.

Pescávamos durante vários dias das 5.30 da manha até às 4 da tarde, e à noite sentávamo-nos no bar do hotel, com um bom whisky em frente a comentar o nosso dia de pesca, e como sempre: “aquele peixe que picou e que se nos foi, era sempre o maior que tínhamos visto”. Coisas de pescadores.

Tenho fotos desse tempo, que estão meias apagadas e que não há forma de poder arranjá-las mas aqui vão um par delas, para que o leitor ou leitora, se de conta das possibilidades que tinham aquelas paragens para pescar peixes de grande porte e peso.

Pescava bonitos, aí sempre me acompanhava o mesmo “patrão” que era um negro do Sul do Save, que conhecia aquelas águas como a sua mão, levou-me alguma vez a lugares que era por a linha na água e sacar peixes.

Com ele pesquei alguns marlins, que ainda que não tenham sido recordes do mundo eram dignos de figurar em muitas salas de troféus. A foto seguinte é de um marlin pescado naqueles tempo e a senhora que está na foto é a Sra. Loli Zunzunegui de Madrid, famosa dona de uma loja

De roupa que esteve muito de moda nos anos 70’s, as “ZZZ” (Três Zetas), que era uma boa amiga e gostava imenso de pescar.

Durante 20 anos fui varias vezes à Santa Carolina e sempre trazia de lá boas recordações, tanto da gente como das paisagens e dos por de Sol que a natureza nos brindava todas as tardes naquelas paradisíacas ilhas.

Que recordações Deus meu... como diz a canção: “Ó tempo volta para trás...”

Já me pus nostálgico a lembrar-me daqueles tempos, em que um tinha a juventude à flor da pele, que queria comer o mundo, que fazia planos novos todos os dias. Queríamos viajar pelo mundo, conhecer mais gente interessante, aprender de todos e de tudo. Isso era a juventude dos vinte e tantos anos.

Fizemos quase tudo os que nos propusemos, e finalmente um dia, tivemos que “assentar cabeça “, e parar daquelas viagens prolongadas que fazíamos.

Conhecemos o mundo, conhecemos gente, tivemos grandes alegrias e também grandes decepções, mas tudo isso veio a contribuir, para formar-nos e transformar-nos na pessoa que somos hoje. Somos mais tranquilos, mais observadores. Já não corremos, e o que tínhamos que fazer está feito, agora temos as recordações dos bons tempos, e desfrutamos ver crescer os netos, estar com a família e gozar da companhia dos amigos que nos visitam e que como vocês gostam de “escutar” historias africanas.

Nas grandes lagoas e rios do Delta do Zambeze em Marromeu, pesquei muitos “messopos” e outras espécies que agora não me lembro o nome.

Fui algumas vezes acompanhando o meu amigo, o saudoso, Alberto Araújo, pescar ao Lago Kariba na Rhodésia. Aí pescámos a maior espécie do maior cat-fish que há em África, o Vumbi, e muitos Peixes Tigre, que para mim são os maiores lutadores de todos os peixes de água doce que eu conheço.

Com o tamanho que tem rompem linhas e algumas vezes até canas de pesca. Se houvesse um peixe Tigre do tamanho de um marlin azul, por exemplo, creio que muitos poucos pescadores teriam esse troféu em seu haver. Saltam fora de água várias vezes o seu tamanho, com os afiados dentes, tentam romper as linhas, fazem tudo para poder soltar-se com uma força incrível. Com o “tarpoon”, são os dois peixes mais importantes das águas interiores africanas.

Muitos clientes nossos de safaris, quando ouviam falar do grande lutador que era o peixe tigre, tratavam de que nós, como organização de safaris, lhes preparássemos uma expedição de pesca a lugares onde pudessem dar “caça” ao esse tão cobiçado troféu de água doce.

Durante os meus anos de guia, vi algumas senhoras apanharem peixes desses e dar-lhe luta até conseguir traze-los ao barco. Sentiam-se orgulhosas depois de conseguir o tão cobiçado troféu. Para os clientes pescar um peixe tigre grande era o mesmo que caçar algum dos bons troféus que existem em África.

Passei dias a pescar na barragem da Chicamba Real, formada pelo Rio Revué, que é um dos grandes afluentes do Rio Save, aí a especialidade eram as grandes tilápias que naquele tempo que eu ia a esse lugar, tinha que fazer um acampamento ao lago do lago para poder ficar aí alguns dias nessa expedição de pesca.

A Chicamba Real, está situada a 45 quilómetros de Vila Pery, hoje Chimoio, e chegava-se lá por uma boa estrada. Ao sair de Vila Pery andávamos por uma estrada asfaltada até ao cruzamento da Chicamba e depois era uma estrada de terra batida que naquele tempo se encontrava em muito boas condições.

Era uma delícia passar alguns dias naquele lugar, e ir percorrendo com o barco, as muitas ilhas que se tinham formado, ao subir as águas do rio transformando-se no lago que é hoje a Chicamba Real.

Mar, rios e lagoas, serviam sempre para praticar o desporto da pesca que eu tanto gosto. Em qualquer tempo, não interessava nem as horas nem o lugar, se havia água aí estava eu

A lançar a linha com alguma cana que sempre me acompanhava nas minhas viagens e caçadas.

Com os pescadores de varias latitudes, fui aprendendo truques: que isca usar para este e para aquele peixe, qual era a melhor colher para o peixe tigre, a que profundidade devia “trolear” para as serras, barracudas e marlines. Fui aprendendo a “cebar” as águas quando um necessitava de atrair os peixes, e muita artimanha, muitas vezes não muito ortodoxas. Com a gente que vivia nas margens do Okavango, aprendi a fazer cestas cónicas, que eram as armadilhas perfeitas para agarrar os grandes peixes durante a noite nas lagoas e rios.

Aprendemos a por também cestas para as lagostas quando íamos pescar ao distrito de Moçamedes em Angola. Aprendemos a usar uns cântaros velhos que comprávamos muito baratos aos pretos, para por em lugares estratégicos e assim apanhar os polvos que se alojavam dentro deles.

Durante todos aqueles anos, tivemos tempo para aprender muita coisa, que agora tento ensinar aos dois netos que tenho.

O meu filho, esse é hoje já um especialista mergulhador em águas abertas e profundas. Já está certificado por PADI, espero que tenha aprendido muitas das coisas de que eu lhe expliquei sobre os muitos truques de pesca.

Falta falar de um dos lugares mais belos do Oceano Indico para pescar. Se podem, vão algum dia visitar esse arquipélago que são as Seicheles.

Aí o mar tem outra cor, tem uma fascinação que nos atrai. É o mar dos nossos sonhos de criança, é um mar tranquilo quase sempre, é o mar que dá prazer estar a olhar para ele, pois é como se fosse o espelho do Céu.

Era o mar que rodeia as ilhas, que se havia um paraíso terrenal, creio que seria assim, como são essas ilhas. Gente fascinante, gente bonita como dizia um amigo, e especialmente as mulheres, que parecem deusas saídas de algum quadro da Índia mitológica, que estavam aí para fazer-nos sonhar com paixões desenfreadas, que faziam a nossa vida mais agradável, pois naqueles tempos em que um tem vinte anos, apaixona-se perdidamente, umas quantas vezes ao ano.

Aí, há muitos anos pescámos marlins, peixes vela, atuns que os havia aos milhares, mas infelizmente as fotos que tinha preto e branco, ficaram numa casa que tinha em Angola e aí perderam-se para sempre, assim que fui buscar algumas para mostrar-lhes o bonito que são aquelas águas e aquelas ilhas.

Um dos mares mais bonitos do Mundo segundo o falecido comandante Cousteau, era o mar Vermelho, The Red Sea.

Desde o Egipto, até ao Sudão, este mar, banhando o Norte das costas de Etiópia, é sem dúvida um lugar único no mundo. Tem espécies belíssimas que somente se encontram nesse lugar.

Durante quase os 8 anos que cacei no Sudão, tive oportunidade de ir a Port Sudan e especialmente à Ilha de Suakim, onde o tempo parece que parou. Tenho um velho amigo árabe, o capitão Abdel Arrhim, que no tempo que eu visitei essa lugar era o comandante de uma “sconner” que levava turistas a mergulhar e a pescar nos infinitos bancos de coral que existem naquele lugar, com quem passei largos dias, mas isso fica para contar-lhes noutra ocasião porque podemos dedicar vários capítulos à pesca no Mar Vermelho a também nas Caraíbas que banha a República Mexicana, país onde resido desde que abandonei África.

Bem amigos e amigas, estas contos de pesca, acabaram-se por hoje, irei para a cama, contente porque pude contar-lhes algumas histórias da pesca que fiz naquela África que tanto amo.

Para vocês que não a conhecem, tentem ir e verão que não se arrependem e para os que como eu conhecemos, a vida nunca foi igual desde que a deixámos.

Mexico-Outubro de 2006

2 comentários:

lurdes Santana disse...

Adorei Tudo o que pude ler e ver!

Anónimo disse...

Caro Vítor Cabral,
O seu blog é interessantíssimo. Também eu pesquei durante muitos anos em Moçambique, na albufeira de Cahora Bassa, onde trabalhei entre 1986 e 2002. Quantos tigres apanhei naquelas águas. Moçambique é realmente um país mágico, que toca muita gente de um modo nostálgico e pleno de saudade.
Um abraço e bem haja.
José Gonçalves
(goncalves_jla@netcabo.pt)